Consumo Sustentável
A
imensidão do Brasil fez, e ainda faz muita gente pensar que todos os recursos
naturais do nosso país são inesgotáveis. Engano. Um grande engano. Se não
abrirmos os olhos e ficarmos bem atentos as nossas atitudes, poderemos sofrer
graves prejuízos e ainda comprometer a sobrevivência das gerações futuras.
Talvez
você já tenha ouvido falar de Consumo Sustentável. Mas, se você não sabe o que
isso significa, vamos lá: Consumo Sustentável quer dizer saber usar os recursos
naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as
necessidades e aspirações das gerações futuras.
Ou
seja, vale aquele velho jargão popular: saber usar para nunca faltar. E isso
não exige um grande esforço, somente mais atenção com o que está ao nosso
redor, no nosso ambiente. Basta fazermos uma pequena reflexão sobre como
agimos.
Normalmente,
não nos preocupamos com a quantidade de água que utilizamos ao escovar os
dentes, quando tomamos banho ou no momento de lavar a louça e o nosso carro.
Por absoluta desatenção, ao sairmos de um cômodo não apagamos a luz, ou vamos
acendendo todas as lâmpadas, deixando para trás um rastro luminoso.
Nem
nos tocamos em relação ao consumo de papel, seja em casa ou no escritório
estamos sempre desperdiçando papel. Misturamos o lixo doméstico, quando seria
muito simples separar os restos de comida do papel, da lata, do vidro, do
plástico. No ato da compra, pense! Não leve para casa alimentos em excesso nem
faça comida em demasia para depois ter que jogar fora. Resto de alimento é
coisa séria. Milhares de pessoas carecem, diariamente, de um prato de comida. Não
nos damos conta de que os nossos desperdícios têm impacto no nosso bolso.
E,
mais grave ainda, nunca paramos para pensar que este comportamento displicente
vai acarretar sérias e graves dificuldades para os nossos descendentes. Eles
vão ressentir-se da falta dos recursos naturais. Ao mesmo tempo em que
estaremos reduzindo ou eliminando o desperdício, vamos economizar muito
dinheiro. Quem sabe, não conseguiremos até melhorar a nossa renda mensal, se
fizermos pequenas mudanças nas nossas atitudes? Se você acha que é muito
trabalhoso, então, preste atenção nessas informações abaixo e perceba o risco
que estamos correndo.
Água
Hoje,
metade da população mundial (mais de três bilhões de pessoas) enfrenta
problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas
ou, simplesmente, secaram. Recife, capital de Pernambuco, em vários períodos do
ano é submetida a um racionamento rigoroso, em outros, não tem água mesmo.
O
racionamento também já chegou a São Paulo, podendo atingir três milhões dos dez
milhões de habitantes da capital paulista. Você sabia que 97% da água existente
no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis
e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?
Pois, bem, temos apenas 1% de água,
distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de seis bilhões de
pessoas (população mundial). Esse pouquinho de água que nos resta está
ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que
representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais.
Cada
um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas. Mas,
como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa
contribuição no dia-a-dia?Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome,
em média, por dia? Não?São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais):
banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa,
plantas e claro, a água que se bebe.
Dá
para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste
recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para
nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. A conta de água no
final do mês será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência
de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a
nossa fonte de vida: a água.
Energia
elétrica
Uma
grande parte desse aumento é decorrente do desperdício de energia.
Voltamos
à questão do desperdício. E é nesse ponto que entra a nossa contribuição.
O
consumo residencial e comercial representam cerca de 42% do consumo total. No
segmento residencial, houve um aumento do uso da eletricidade por incorporação
de novos eletrodomésticos.
Será
que precisamos de todos eles, realmente? Economizar energia, além de fazer bem
ao bolso, também contribui para o adiamento da construção de novas
hidrelétricas, que causam grandes impactos ambientais ou para diminuição da
exploração de recursos naturais não renováveis como o petróleo. Percebe como
podemos ajudar?
Lixo
Enquanto
a água pode nos faltar, o lixo sobra. É lixo demais e ele sempre aumenta.
Aumenta tanto que nem sabemos onde colocá-lo. Essa dificuldade é maior quando
associada aos custos para se criar aterros sanitários. A situação torna-se pior
quando constatamos que na maioria das
cidades brasileiras o lixo é despejado em terrenos baldios ou nos “famosos” e
inadequados lixões.
Em
contraposição a essas práticas, ecologicamente incorretas, vem-se estimulando o
uso de métodos alternativos de tratamento como a compostagem e a reciclagem ou,
dependo do caso, incineração. A incineração (queima do lixo) é a alternativa
menos aceitável. Provoca graves problemas de poluição atmosférica e exige
investimentos de grande porte para a construção de incineradores. A compostagem
é uma maneira fácil e barata de tratar o lixo orgânico (detritos de cozinha,
restos de poda e fragmentos de árvores).
A reciclagem é vista pelos governos e
defensores da causa ambiental como solução para o lixo inorgânico (plásticos,
vidros, metais e papéis). Com a reciclagem é possível reduzir o consumo de
matérias-primas, o volume de lixo e a poluição.
Tecnicamente, é possível recuperar e
reutilizar a maior parte dos materiais que na rotina do dia-a-dia é jogada
fora. Latas de alumínio, vidro e papéis, facilmente coletados, estão sendo
reciclados em larga escala em muitos países, inclusive no Brasil.
Embora seja um processo em crescimento, ainda
não é economicamente atrativo para todos os casos. Assim, nos restam as
alternativas: evitar produzir lixo, reaproveitar o que for possível e reciclar
ao máximo.
Como
fazer isso? Aqui vai uma boa dica: aproveitar melhor o que compramos,
escolhendo produtos com menor quantidade de embalagens ou redescobrir antigos
costumes como, por exemplo, a volta das garrafas retornáveis de bebidas (os
velhos cascos) ou das sacolas de feira para carregar compras.
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